Na quarta-feira (02), o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução da taxa selic. Isto é um sinal positivo para o mercado de energia solar devido ao barateamento do crédito e um incentivo ao consumo. A estimativa dos especialistas da área é que essa melhora gere uma atratividade maior para o mercado de energia solar em detrimento de outros investimentos, como a renda fixa que, com o novo valor da taxa, perderá rendimento.
A decisão ocorreu após quase três anos de aumento, reduzindo a Selic de 13,75% para 13,25%. Esta mudança surpreendeu o mercado financeiro que aguardava um corte de 0,25 ponto. Em nota, o comitê anunciou que a redução ocorreu graças à forte queda da inflação e que, provavelmente, ocorrerão novos cortes de 0,5% ponto nas próximas reuniões do conselho. Ainda conforme o comunicado, isso se deve a avaliação de que esse será o ritmo adequado para controlar a inflação.
A última redução da taxa Selic feita pelo Banco Central (BC) ocorreu em agosto de 2020. Após isto, a taxa foi elevada por 12 vezes consecutivas devido ao aumento dos preços dos alimentos, energia e combustíveis por causa da pandemia.
Após a publicação da decisão do Copom, bancos públicos anunciaram que haveria redução nas taxas de crédito para seus clientes.
Para alguns economistas há uma estimativa de que essa redução demore a dar resultados a curto prazo na economia do país, mas profissionais do segmento de energia solar afirmam que este pode ser um sinal positivo para o setor.
Luís Knorst, CEO da DVM Solar, empresa que oferece soluções em energias renováveis, afirma que essa é uma ótima notícia para o setor pois “a Selic é a taxa básica de juros que norteia todas as taxas de financiamentos bancários. Isso, aliado à recente queda nos valores dos equipamentos, como placas e inversores, torna ainda mais atrativo o investimento em energia solar”, disse ele.